Sunday, March 8, 2009

Para uma outra dimensão do olhar...

Por que é que arquivamos postais? Que valor documental têm, na verdade, os postais ilustrados?
Por que é que coleccionamos e gostamos de postais ilustrados?
Que afinidades definem a relação entre o postal ilustrado e a fotografia?

Estas foram as questões que organizaram a tertúlia que ontem reuniu meia centena de pessoas no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga. Foram sobretudo dois os pretextos da iniciativa promovida pela equipa do projecto POSTAIS ILUSTRADOS (CECS), em articulação com aquele Museu e com a Biblioteca Pública de Braga: uma exposição sobre as imagens que mais de um século de postais fixaram do olhar sobre a cidade minhota e a tentativa especulativa de compreender o espírito coleccionador.
«Nós [os coleccionadores] somos umas mentes um bocado doentias.»
«O motor que nos faz coleccionar é o mesmo que nos faz cortar com a colecção. Aquilo que nos faz andar, gastar energia e dinheiro é também aquilo que mata a colecção.»
Olga Carneiro, coleccionadora

«O comportamento do coleccionador tem uma relação com um quadro de neurose obsessivo-compulsiva.»
«Se não formos de outra coisa, somos pelo menos todos coleccionadores de memórias.»
Pedro Albuquerque, psicólogo

«Imagem e carta são dois formatos distintos que o postal ilustrado conjugou.»
Nuno Araújo, fotógrafo

«Os postais ilustrados conferem uma outra dimensão ao olhar e são também um veículo de actualidade.»
José Manuel Ferreira, representante da Pró-Associação de
Cartofilia

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