Sunday, September 5, 2010

Envia-me uma história! , Send me a story!



A descrição dada a Les Évadés du Musée, última história para enviar publicada este ano pelas edições Zinc, é clara: "um destinatário, sete postais, sete capítulos". Ou seja: dentro de uma bolsa de cartão, há sete postais ilustrados, cujas imagens são alusivas aos respectivos capítulos da história; estes estão inscritos no verso dos postais, no qual há apenas espaço livre para a morada do destinatário e para uma eventual assinatura do remetente. A criação editorial desta chancela francesa, que mistura o formato epistolar com o género policial e roman noir, não data, no entanto, deste ano e Les Évadés du Musée é um dos quatro contos postais já publicados desde 2004 (a colecção Polars Postaux pode ser consultada na íntegra aqui). O sucesso destes thrillers "com entrega ao domícilio", entre os quais já há dois títulos esgotados, muito se deve à função de prenda tão frequentemente associada ao postal. Ir recebendo uma história ao ritmo contingente do remetente e da circulação postal fará, sem dúvida, o destinatário reconhecer a surpresa, a vivacidade, e o diálogo que são próprios à prenda.

The description given to Les Évadés du Musée, the last postal story published this year by Zinc Publisher is quite meaningful: "one receiver, seven postcards, seven chapters". That is: inside a card bag there are seven picture postcards, whose images illustrate each chapter of the novel, which is inscribed in the back of the postcard. There's only some space for the receiver's address and, eventually, for the sender's signature. The creation of this French publisher, which mixes an epistolary format with the crime fiction and the roman noir, is not new: Les Évadés du Musée is one of the four postal novels already published since 2004 (the collection Polars Postaux is completely presented here). The success of these "home delivered" thrillers (some titles are already out of stock), is due to the function of gift so often associated with postcards. Receiving a story with the contingent rhythm of the sender and of the mail circulation must make the receiver recognize the surprise, the vivacity and the dialogue, that often define a gift.

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