* Postal ilustrado editado pela Junta de Freguesia de S. Vítor - Braga, em colaboração com o Núcleo Filatélico e Coleccionismo de Braga - edição numerada limitada a 100 exemplares - Mostra filatélica do "Dia do Selo" , Braga 2006.12.01
A Obra Hidráulica Setecentista das Setes Fontes
Trata-se de um complexo de captação e abastecimento de água à cidade, que foi edificado no Século XVIII e que dá pelo nome abundante e generoso de Sete Fontes. Conjuga o virtuosismo da arquitectura barroca com a riqueza da água potável debitada continuamente por 14 minas e com o testemunho do engenho da hidráulica setecentista. Infelizmente, como em tantos outros casos conhecidos, paira neste momento a grotesca ameaça de uma urbanização desordenada e especulativa no local. Pelo menos assim ainda o determina o Plano Director Municipal de Braga, que nas suas anteriores revisões ignorou o facto do seu valor.
Ainda que formalmente protegido no âmbito da lei do Património Cultural Português desde 1995, o sistema foi homologado pelo Ministro da Cultura, Pedro Roseta, como monumento nacional em 29 de Maio de 2003. As Sete Fontes têm sido amplamente noticiadas na comunicação social, não só a local, escrita e radiofónica, como em determinados momentos gozaram mesmo da cobertura mediática dos periódicos nacionais, suscitando inclusive a realização de um debate televisivo. É frequentemente visitada por grupos, sobretudo, de escolas. Porém, incompreensivelmente o complexo continua praticamente ao abandono e em degradação acentuada.
Vale a pena, pois, descrever, sucintamente os elementos do complexo patrimonial das Sete Fontes, para perceber melhor a dimensão do valor em causa, bem como as suas contingências. Trata-se de uma obra hidráulica construída cerca da segunda metade do Século XVIII (1744-52), ainda que evidencie testemunhos posteriores (ex. a mina dos órfãos – 1804) e, naturalmente, também de épocas muito anteriores. Neste caso é perfeitamente admissível considerar a captação e a condução de águas remontáveis ao período de Bracara Augusta, nem que seja pela proximidade da passagem da Geira romana (via XVIII), considerado o abundante manancial aí reunido e por estarem situadas a uma cota superior aos lugares mais elevados da cidade, factor insubestimável se se considerar a necessidade de alimentar as numerosas fontes e balneários da cidade de então. Estruturado ao longo de cerca de
O presente postal ilustrado é, pois, mais um recurso de intervenção que foi adoptado por este movimento cívico.
1 comment:
Também já é possível fazer selos com as suas proprias fotografias etc:
CTT Meuselos:
http://www2.ctt.pt/fewcm/wcmservlet/miniweb/meuselo/
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